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Atirador mata 11 crianças em escola e se suicida

Atirador mata 11 crianças em escola e se suicida Foto: JADSON MARQUES/AGÊNCIA ESTADO

Tragédia ocorreu na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio; alunos mortos têm entre 9 e 14 anos; dez vítimas são meninas; atirador (foto) é classificado como "alucinado mental que tem costumes fundamentalistas" por coronel da PM; presidente Dilma cancela discurso, chora e pede um minuto de silêncio por "brasileirinhos"

07 de Abril de 2011 às 09:10

247 – Um homem armado com dois revólveres calibre 38 e dois recarregadores de balas disparou cerca de 100 tiros dentro da escola municipal Tasso de Oliveira, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, matando 11 crianças – dez delas meninas. Ele foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira. O ataque ocorreu por volta das 8h00. Mais de vinte crianças deram entrada em estado grave no centro cirúrgico do hospital Albert Schweitzer. O atirador, ainda dentro da escola, levou um tiro de um soldado da PM na perna. Atingido, se matou, com um tiro na cabeça, antes de ser capturado. "Em 26 anos como policial militar, foi a pior cena que já presenciei", descreveu o coronel Djalma Beltrame em entrevista à Band News. "Ele era um alucinado mental com características de fundamentalista religioso". O assassino deixou uma carta, ainda não divulgada pela polícia.

A presidente Dilma Rousseff, que iria discursas numa cerimônia para empreendedores, cancelou o pronunciamento, chorou e pediu um minuto de silencio pelos “brasileirinhos”. Entrevistada pelo jornalista Ricardo Boechat, a irmã de criação de Wellington, Roseleine, informou que ele tinha comportamento "muito estranho, sem amigos". No ano passado, deixou a barba crescer, ao estilo dos fundamentalistas islâmicos. Homens do batalhão da PM de Bangu, próximo ao local, isolaram a escola, cercada por pais de alunos revoltados. Pais que foram socorrer seus filhos descreveram o local, após os tiros, como "cena de guerra". Dezenas de alunos deixaram as salas de aula e se aglomeraram em frente ao prédio. O hemocentro do Rio pediu doações de sangue, para as crianças feridas. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi ao local. A escola não era vigiada pela polícia. O atirador entrou se identificando como palestrante, entrou e iniciou a série de disparos. Ele teve chance de recarregar seus revólveres por diversas vezes. A escola estava em aulas, com cerca de 400 alunos. Comemorava-se o 40º aniversário da instituição, que também abriga alunos especiais, com deficiências visuais e auditivas. Em entrevista coletiva, o governador Sérgio Cabral classificou o atirador como “animal” e “psicótico”. A PM do Rio apresentou á imprensa os policiais que primeiro chegaram ao local. “Estávamos numa operação perto da escola quando um aluno baleado nos pediu socorro”, disse o sargento da PM. “Encontrei o meliante no segundo andar da escola. Disparei um tiro, que pegou na perna dele. Neste momento, ele se deu um tiro na cabeça e se matou”. O atirador estava saindo de uma sala em direção ao terceiro andar, pronto para fazer novos disparos. O assassino tinha um cinturão com munições.

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